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A pandemia e o tal do e-commerce

2020 foi um ano de muitas surpresas e desafios, não é mesmo? Apesar de estar sendo uma fase difícil para os negócios, esta crise também produziu boas mudanças e inovações.


Um dos maiores beneficiados da pandemia foi o e-commerce. A quarentena fez com que as pessoas passassem a comprar pela internet produtos que estavam acostumadas a adquirir em lojas físicas. E, pensando neste movimento, muitas marcas aderiram às vendas online – finalmente, né? Quem ainda não tinha já estava atrasado!

Segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), a média mensal existente antes da quarentena era de dez mil lojas por mês. Desde o início da pandemia, mais de 135 mil lojas incorporaram as vendas pelo comércio eletrônico para continuar vendendo e mantendo-se no mercado. Chocante!!! :o


A digitalização das empresas já era uma tendência materializada e já estava acontecendo. Mas, convenhamos, em passos de tartaruga... O novo cenário que o Covid-19 implantou impulsionou um aceleramento significativo. Em 2019, 26,93% dos e-commerces eram de pequeno porte e faturavam até R$ 250 mil por ano. Hoje, esses negócios passaram a representar perto da metade das lojas online (48,06%).


Uma pesquisa realizada pela FecomercioSP (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) evidencia esta mudança de comportamento, apresentando que o comércio online passou a ser mais utilizado por 46% dos consumidores nos últimos seis meses.


E ainda tem mais! Segundo o Webshoppers edição 42, relatório semestral sobre e-commerce elaborado pela Ebit | Nielsen, o faturamento nas vendas virtuais no primeiro semestre de 2020 apresentou um aumento de 39% em relação ao mesmo período de 2019 - somando um total de 90,8 milhões de pedidos!


Além disso, o ticket médio das compras online também aumentou: de R$404,00 no primeiro semestre de 2019 para R$427,00 no mesmo período deste ano – um crescimento de 6% no total gasto por pedido. Crise? Calma, não se enganem – antes tínhamos o gasto nas lojas físicas. Isso não significa que, no geral, as pessoas compraram mais este ano.


Outro dado interessante é que, segundo uma estimativa produzida em conjunto por Ebit e Nielsen, desde março deste ano, 7,3 milhões de brasileiros fizeram a primeira compra on-line de suas vidas! Vovós e vovôs na ativa!!!


Essa expansão do e-commerce, de acordo com o mapeamento feito desde 2014 pelo PayPal Brasil em parceria com a BigData Corp, cresceu num ritmo de 40,7% ao ano, totalizando mais de 1,3 milhão de lojas online.


O e-commerce, hoje, é responsável por 8,48% do total de sites na internet brasileira – fatia que não passava de 2,65% há cinco anos. E os pequenos negócios estão se saindo muito bem nessa modalidade: 88,7% do total possui até 10 mil visitas por mês, completamente impulsionadas pelas redes sociais, não se esqueça disso.


Essa digitalização e a migração para o online são um fato global. O setor vinha crescendo de forma consistente, mas em 2020 alcançou níveis anteriormente previstos para atingir apenas em cinco anos! Uma pesquisa da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (Unctad) com 3700 consumidores de nove países apresentou que, de maneira geral, as compras online cresceram em quase todos os setores, especialmente eletrônicos, utensílios domésticos, medicamentos, educação, cosméticos e cuidados pessoais.


Neste processo de migração para o digital, muitas empresas aderiram às mídias sociais. Hoje, elas já são adotadas por 68,63% das lojas online. O Facebook já é presente em 54,18% dos comércios eletrônicos do país, estando na liderança. Na sequência, vêm o Twitter, com 30,45% e o Instagram, que, surpreendentemente, está atrás com 21,16%.


O YouTube foi um dos que mais cresceu no e-commerce brasileiro: entre as lojas online que se utilizam de mídias sociais, ele está presente em 39,87%, aumentando sua participação em 7,65 pontos percentuais em relação a 2019.


Segundo uma pesquisa feita recentemente pela e-bit, 75% dos brasileiros entram em alguma rede social ao menos 1x por dia! E, colocando os heavy users na balança, a presença nas plataformas pode registrar, até mesmo, 18h de conexão diária através de seus smartphones!!! Isso é bastante vantajoso para as empresas, já que se fazem presentes, lembradas e facilmente contactadas.


No entanto, essa questão pode ser controversa, visto que, ao mesmo tempo em que pode ser um facilitador para o público, pode se tornar invasivo e inconveniente. Muitas pessoas utilizam suas redes sociais como forma de lazer e de se conectar com familiares e colegas. A invasão das lojas nesse meio pode ser encarada como negativa... Por isso, é sempre importante pesquisar o seu target, compreendê-lo e se adaptar ao seu gosto!



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